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Duetos: Imperador +5 de espadas Pendurado + 8 de paus

  • Foto do escritor: Prida
    Prida
  • 12 de jul. de 2018
  • 2 min de leitura

Para estudarmos, apresentarei sempre que possível os resultados de um método bastante comum e rápido, onde colocamos duas cartas, um arcano maior e um menor, para esclarecer a uma questão. O método em questão faz alusão ao que nós, brasileiros, estamos acostumados a chamar como tiragem européia, onde o arcano maior representa o que e o menor como. Na verdade não tenho sido tão rigorosa na obediência desse sistema porque apenas tiro as cartas e as conjugo, ou seja, não hierarquizo os arcanos.

Na semana passada recebi uma cliente que havia escrito uma mensagem a um amigo. Era um pedido de desculpas, uma espécie de trégua a uma questão complicada e mal resolvida entre eles. O destinatário ainda não havia respondido e a cliente me perguntou o que devia saber ou esperar do fato de não ter, ainda, recebido nenhuma resposta. Tirei os dois arcanos perguntando por que o destinatário não havia respondido e saiu o Imperador e o 5 de espadas.



Interpretei que a pessoa que recebeu a carta mantém uma atitude muito rígida com relação ao problema passado entre eles. Seja por direito ou por dificuldade de flexibilizar, o destinatário mantém o rigor na sua conduta, que parece ser ainda hostil, tendo em vista o arcano 5 de espadas que surge na mesa. Intuitivamente percebi que havia certo abuso de poder nessa comunicação e talvez um pouco de sadismo; por isso a resposta não veio e provavelmente não virá tão cedo, pois o 5 de espadas não aponta para esclarecimento algum, e sim para conflito e humilhação. Infelizmente.

Depois tirei outro par de arcanos, dessa vez para esclarecer sobre a postura da própria consulente diante do silêncio à sua mensagem de trégua. Saíram o Pendurado e 8 de paus.



O que me pareceu uma baita contradição pois um arcano fala de imobilidade e o outro de ação e velocidade. Numa leitura mais conservadora, ou seja, mais tradicional, podemos entender que o tarô mostra que a consulente está aflita e ansiosa demais por ter que esperar. E é a espera que a deixa mais ansiosa pois sabe que não pode fazer nada além de esperar. Mas confesso que a primeira coisa que me passou pela cabeça quando vi as cartas foi que a consulente deve entender que o sacrifico de suas vontades e desejos já estão em ação e por isso ela deve entender que o silêncio e a hostilidade do outro são coisas passageiras e necessárias para o desenvolvimento da maior das virtudes, a paciência. Sem falar que todos os 8 são cármicos e então deve abraçar esse sacrifício, imobilidade, esperando com tranquilidade.

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